BUENOS AIRES, 14 de jul de 2006 às 15:07
O Bispo de Santa Rosa, Dom Rinaldo Fidel Bredice, exortou os argentinos a ter um maior compromisso para "resistir a investida da descristianização", expressa de maneira evidente em uma lista de projetos de lei com uma "definida política anti-familiar".
"A violação da pátria potestade com a doutrinação obrigatória de todos os menores em uma nova moral sexual, determinada pelo partido governante; a esterilização a pedido na rede de saúde pública e a modificação da posição da Argentina nas Nações Unidas, para reconhecer direitos aos desvios em sexualidade, são claras mostras desta descristianização", acrescentou o Prelado.
Dom Bredice advertiu também sobre "a pressão do Poder Executivo sobre o Senado para a ratificação do Protocolo Opcional da Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), que além de violar nossa soberania ao nos expor a toda sorte de pressões para promover mudanças na legislação nacional considera a penalização do aborto como uma discriminação dos direitos humanos da mulher".
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Do mesmo modo, a respeito do decreto "Para um Plano Nacional contra a Discriminação" -qualificado pela Corporação de Advogados Católicos como um plano mestre contra a família - o Bispo de Santa Rosa opinou que esta iniciativa pretende garantir a defesa e promoção dos direitos das pessoas com diferente orientação sexual e identidade de gênero, escondendo por trás uma ideologia antinatural, anticatólica e atéia que procura reformular a família e com isso toda a sociedade".
"Lamento que em algumas jurisdições já estejam vigentes Marcos legais que reconhecem a união entre pessoas do mesmo sexo, o que logicamente não pode ser equiparado com o vínculo de família, apoiado na união conjugal que afunda suas raízes precisamente nesse complemento natural que existe entre o homem e a mulher", concluiu.